quarta-feira, 19 de março de 2008

Ofereça A Outra Face

Photo by Angelique Brunas - RedBubble Photography


Quando falou que se alguém nos batesse numa face, deveríamos oferecer a outra, Jesus expressou um grandioso ensinamento que, se levado em conta, teríamos a solução para todas as situações desagradáveis que surgissem em nossa vida.

Oferecer a outra face não quer dizer dar o rosto para bater. É uma metáfora que sugere que se a situação nos chega de forma desagradável, devemos mostrar a face oposta.

Dar a outra face é mudar a paisagem, é uma ação positiva diante de uma negativa.

Assim, quando todos atiram pedras, ofereça uma flor.

Quando todos caminham para o lado errado, mostre o passo certo.

Se tudo estiver escuro, se nada puder ser visto, acenda você uma luz, ilumine as trevas com uma pequena lâmpada.

Quando todos estiverem chorando, dê o primeiro sorriso; não com lábios sorridentes, mas com um coração que compreenda, com braços que confortem.

Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho, ensine, começando por aprender, corrigindo-se a si mesmo.

Quando alguém estiver angustiado, mostre-lhe a face do conforto.

Se encontrar alguém em desespero, acene com a esperança, mesmo que isso seja um desafio para você mesmo.

Quando a terra dos corações estiver seca, que sua mão possa regá-las.

Quando a flor do afeto estiver sufocada pelos espinhos da incompreensão, que sua mão saiba arrancar a praga, afagar a pétala, acariciar a flor.

Onde haja portas fechadas para o entendimento, leve a chave da concórdia e da compreensão.

Onde o vento sopra, frio, enregelando corações, que o calor de sua alma seja proteção e abrigo.

Se alguém caminha sem rumo, mostre-lhe as pegadas que conduzem a um porto seguro.

Onde a crítica azeda for o assunto principal, ofereça uma palavra de otimismo, um raio de esperança, uma luz que rompe as trevas e clareia o ambiente mental.

Quando todos parecerem perdidos, mostre o caminho de volta.

Quando a face da solidão se mostrar como única alternativa na vida de alguém, seja uma presença que conforta, ainda que uma presença silenciosa.

Onde o manto escuro da morte se apresenta como um beco sem saída, fale da vida exuberante que aguarda os seres que fazem a passagem pela porta estreita do túmulo.

Seja você a oferecer a face sorridente e otimista da vida, onde a tristeza e o pessimismo marcam presença.



Ademais, a qualquer tempo e em qualquer lugar, lembre-se da oração de São Francisco de Assis.



“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz!
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão ;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó, Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido,
amar que ser amado,
pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna…”

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